segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

URES REALIZA CONGRESSO E ELEGE NOVA DIRETORIA


Na manhã deste sábado, 08/12/12, o movimento estudantil secundarista de Rio Grande deu mais um importante passo em sua história. Os estudantes rio-grandinos realizaram o Congresso da União Rio-grandina dos Estudantes Secundaristas (URES), no Anfiteatro Earle Barros, situado no Campus Rio Grande do IFRS.


Delegados eleitos nas escolas da cidade se reuniram para debater os rumos do movimento estudantil secundarista no município, abordando temas como a educação, escola, condições de vida da juventude, acesso à cultura, esporte e lazer, entre outras questões referentes ao cotidiano do estudante papareia.


Delegados reunidos no Congresso da URES para definir os rumos do movimento estudantil secundarista na cidade do Rio Grande



Após uma manhã inteira de um qualificado debate, os delegados aprovaram a Resolução Política do Congresso da URES, que servirá de norte para as lutas da entidade no próximo período. Também foram aprovadas emendas ao Estatuto da URES. Já no inicio da tarde, os delegados realizaram a eleição para a Diretoria da URES, elegendo a estudante do Juvenal Miller, Nicole Nunes, para a Presidência da URES, juntamente com outros 12 diretores.


Para a nova presidente, a "URES deve estar cada vez mais presente no dia-dia dos estudantes, ajudando a construir novos grêmios estudantis, consolidar os já existentes e fomentar a participação política dos alunos. A entidade também buscará mais inserção nas decisões políticas do município, pautando os interesses da juventude, além de construir atividades e mobilizações que garantam conquistas de direitos para os estudantes".



Ana Caroline, diretora da UBES no RS; Nicole Nunes, presidente da URES e Fellipe Belasquem, ex-presidente da URES.

Para o agora ex-presidente da URES, Fellipe Belasquem, a sensação é de dever cumprido. Segundo ele, "a URES conseguiu resgatar o movimento estudantil secundarista em Rio Grande, realizando manifestações, passeatas, construindo grêmios estudantis e dialogando com o estudante. Prova maior é a realização deste Congresso, uma marca histórica para a URES que há muitos anos não realizava dois congressos consecutivos. Isso significa a continuidade da luta da URES, o que é fundamental para a vida do movimento".

A diretora da UBES no Rio Grande do Sul, Ana Caroline Andres Silva, esteve presente no Congresso da entidade rio-grandina, e gostou do que viu. "Rio Grande é uma cidade que vem ganhando relevância econômica e política no estado e no Brasil. Para a UBES, é fundamental que o movimento estudantil esteja fortalecido em uma cidade tão importante, e o Congresso da URES demonstrou isso. A nova gestão irá contribuir muito com as lutas da UBES para o próximo período, como 10% do PIB para educação, com 100% dos royalties da União e 50% do fundo social do pré-sal para o setor", afirma.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ENCERRADO O PRAZO PARA PEDIDOS DE HOMOLOGAÇÃO DE ELEIÇÕES DE DELEGADOS AO CONGRESSO DA URES


Ontem, 27/11/2012, encerrou-se o prazo para que estudantes das escolas rio-grandinas fizessem pedidos à Comissão Eleitoral Central para homologação de eleição de delegados ao Congresso da URES. Ao todo, quatro escolas realizaram os pedidos de homologação e, portanto, estão aptas a eleger delegados ao ConURES. São elas:

- Instituto Estadual de Educação Juvenal Miller

- Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Augusto Duprat


- Escola Estadual de Ensino Médio Silva Gama

- Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas

O pedido de homologação à CEC é uma norma estipulada no Regimento Eleitoral do Congresso da URES, sendo indispensável para a realização do processo eleitoral de delegados na escola. Através do pedido, a CEC pode acompanhar o processo em cada escola, garantindo a autenticidade do mesmo, além de divulgar os dados da eleição de delegados no Blog da URES, tornando-o um processo público e mais democrático.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DEFINIDA DATA E LOCAL DO CONGRESSO DA URES

Conforme resolução do Conselho Municipal de Grêmios Estudantis, a Comissão Eleitoral Central do Congresso da URES definiu as datas e o local onde será realizado o Congresso da União Rio-grandina dos Estudantes Secundaristas.























Assim ficou definido o calendário do Congresso:



1/11 – Abertura do período de eleição de delegados
27/11 – Último dia para efetuar pedidos de homologação de eleições de delegados.
5/12 – Último dia para eleições de delegados
6/12 e 7/12 – Analise de recursos pela Comissão Eleitoral Central.


8/12 – Congresso da URES

O Congresso será realizado no Anfiteatro do IFRS - Campus Rio Grande.

O Cronograma de atividades do Congresso compreenderá as seguintes atividades:


9h - Credenciamento dos Delegados
11h - Ato de Abertura do Congresso
12h - Intervalo para almoço
14h - Inicio dos debates
16:30 - Plenária Final
18h - Encerramento


Os eixos temáticos dos debates ainda serão definidos pela Comissão Eleitoral Central. As atas para eleição dos delegados estão disponíveis na aba "Congresso da URES - 2012". Informações e dúvidas podem ser sanadas através do email: ures_riogrande@hotmail.com

CONFIRA O PASSO A PASSO PARA A ELEIÇÃO DE DELEGADOS NA ABA "CONGRESSO DA URES - INFORMAÇÕES"

ACOMPANHE AS ELEIÇÕES DE DELEGADOS NA ABA "CONGRESSO DA URES - ELEIÇÕES DE DELEGADOS"

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

URES PROMOVE ASSINATURA DO PACTO PELA JUVENTUDE EM RIO GRANDE

Candidatos a prefeito de Rio Grande - RS comprometem-se com a aplicação de políticas públicas de juventude na cidade

Nesta terça-feira, 25 de setembro, aconteceu o Ato de Assinatura do Pacto Pela Juventude, com os candidatos a prefeito de Rio Grande. O evento promovido pela União Rio-grandina dos Estudantes Secundaristas (URES), ocorreu no Auditório do I.E.E. Juvenal Miller, e contou com a presença de quatro das cinco candidaturas ao Paço Municipal.

Assinaram o documento:
- Adinelson Troca (PSDB): Vice-prefeito da coligação "Rio Grande Unido e Forte".

- Eduardo Lawson (PSB): Vice-prefeito da coligação "Frente Popular".
- Júlio Martins (PCdoB): Prefeito da coligação "Por um Rio Grande do Tamanho das Nossas Ideias".
- Públio Ferrari (PSOL): Candidato a prefeito pelo PSOL.


O evento público de assinatura do Pacto Pela Juventude contou com a presença dos estudantes da cidade


O candidato Roberto Pereira (PTdoB) justificou a ausência no ato de assinatura, alegando problemas de cunho pessoal, comprometendo-se em assinar o Pacto em um outro momento.

O termo de compromisso assinado pelos candidatos será uma importante ferramenta nas mãos da juventude rio-grandina, na cobrança da aplicação das políticas públicas de juventude apresentadas no Pacto, dando perspectiva de avanços importantes para os jovens da cidade.

Leia o documento na íntegra: Pacto Pela Juventude 2012

domingo, 23 de setembro de 2012

CANDIDATOS A PREFEITO DE RIO GRANDE ASSINARÃO PACTO PELA JUVENTUDE.


No próximo dia 25/09, terça feira, às 14h, no auditório do I.E.E. Juvenal Miller, ocorrerá o Ato de Assinatura do Pacto pela Juventude, evento promovido pela União Rio-grandina dos Estudantes Secundaristas (URES) em conjunto com os Grêmios Estudantis das escolas do município. No evento, os candidatos a prefeito de Rio Grande irão se comprometer a cumprir as demandas da juventude apresentadas no documento.



O Pacto pela Juventude é uma proposição das organizações da sociedade civil, que compõem o Conselho Nacional de Juventude, para que os governos federal, estaduais e municipais se comprometam com as políticas públicas de juventude, em suas ações e programas, e neste caso específico, aos candidatos a prefeitos, para que incorporem, em suas plataformas eleitorais, as demandas da juventude brasileira.



O Pacto se baseia em nove pontos principais: Garantir a educação de qualidade; Assegurar o trabalho decente para a juventude; Promover a saúde integral; Promover o direito à comunicação; Promover o acesso à cultura, esporte, lazer e tempo livre; Garantir o direito ao território; Prevenir e enfrentar a violência; Institucionalizar a política de juventude; Fortalecer os canais de participação democrática.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

ESTUDANTE É IMPEDIDO DE UTILIZAR PASSE ESCOLAR APÓS 00:00 EM ÔNIBUS DA VIAÇÃO NOIVA DO MAR

Hoje, no ônibus da Viação Noiva do Mar, nº1111, com saída das 23:55 do Terminal Tamandaré, presenciei mais uma cena lamentável no transporte coletivo de Rio Grande. Um estudante, além de ter seu cartão escolar recusado, foi humilhado pelo funcionário da empresa, na frente de todos os passageiros. Essa cena retrata um problema sério enfrentado pelos estudantes de Rio Grande, problema esse que é duramente combatido pela URES: A restrição ao uso do passe escolar entre 00:00 e 6:00.

Qual é a lei que fala sobre toque de recolher para estudantes rio-grandinos entre 00:00 e 6:00?

 
O jovem subiu no ônibus pouco depois da meia-noite, na parada em frente ao Colégio Salesiano. A catraca travou ao idenficar o cartão escolar. O estudante recusou-se a pagar passagem integral, alegou que saiu do curso pré-vestibular que frequenta após as 11:00, depois acompanhou uma colega até sua residência, na Cidade Nova, e que não foi informado em nenhum momento que seu cartão era inválido em tal horário, nem quando fez seu cartão, nem quando o carregou, e tal informação não consta sequer no próprio cartão, onde constam apenas informações sobre manuseio do mesmo.

O cobrador passou a tratar o estudante aos gritos, e o motorista parou o ônibus no meio da pista. O jovem continuou recusando-se a pagar passagem integral, alegando que aquilo que estavam fazendo com ele não era certo. Aos berros, o cobrador respondeu:
 
"Se não pode, é por que é certo e pronto!"
 
Sob as reclamações de todos os usuários, impacientes pelo fato do ônibus ter parado, um senhor levantou-se e pagou a passagem integral para o jovem.
 
Para reflexão: E se ninguém pagasse, o estudante ia ser expulso do ônibus? Qual é a lei que fala sobre toque de recolher para estudantes rio-grandinos entre 00:00 e 6:00? Temos que regular nossas vidas em função das regras da empresa de ônibus? O correto não é o contrário?
 
Fellipe Belasquem - Presidente da URES

domingo, 26 de agosto de 2012

G.E. JUVENAL MILLER REALIZA PROTESTO

*Matéria publicada no Jornal Agora, de 28/05/2012

A situação em torno de uma escola torna-se insustentável quando os próprios alunos resolvem tomar uma atitude sobre uma situação que deveria ter a maior atenção do estado e do município. A segurança em torno de uma escola, no centro da cidade, virou assunto para o Grêmio Estudantil que reuniu diversas reivindicações e as entregaram as autoridades locais.
 
Estudantes do GE Juvenal Miller em marcha por melhorias na segurança e na infraestrutura
 
 
Os estudantes do Instituto de Educação Juvenal Miller pedem às autoridades locais que prestem mais atenção à escola, cujos alunos têm sofrido com constantes casos de violências. “Na semana anterior a organização do manifesto, foram registrados dois assaltos a alunos por dia”, afirma o vice-presidente do Grêmio, Adrian Sodré.
 
Estudantes tomam a Câmara de Vereadores em protesto
 
Segundo ele, um pedido foi levado ao 6º BPM para que a escola tivesse um reforço na segurança. “Estamos sem um guarda residente na escola, lá eles nos explicaram que isso é feito por policiais aposentados e que no momento estão sem esse efetivo, mas que quando tiver algum policial disponível, este virá aqui para a escola”, explica. Outra questão levantada pela associação dos estudantes é sobre o intenso movimento da avenida Silva Paes. “Com o asfalto, as motos, principalmente, não param na faixa de pedestres para as crianças atravessarem a rua”, afirma o vice-presidente.
 
Estudantes em frente à Brigada Militar exigindo reforço policial nos arredores da escola
 
 
Além das reivindicações à Brigada Militar, os estudantes estiveram também, na última semana, em uma reunião com a presidência da Câmara Municipal de Vereadores e com outros parlamentares que ouviram as necessidades da escola. “Os banheiros públicos da praça aqui em frente ficam fechados à tarde e à noite, e pessoas acabam usando à frente da escola. Além disso, há prostituição à noite e falta iluminação no entorno", diz Adrian.
 
Presidentes do GE Juvenal Miller e da URES entregam reinvidicações ao Presidente da Câmara de Vereadores
 
 
Depois do encontro com os vereadores, o grupo de alunos deve entregar ofícios a 18ª Coordenadoria Estadual de Educação e também ao prefeito municipal. “Estamos pensando em organizar uma passeata com outras escolas. O Grêmio só quer ajudar a escola nesse momento de carência em uma tentativa de chamar atenção para o que está acontecendo aqui”, encerra ele.
 
Alunos do Juvenal exigem melhorias na iluminação e nos serviços municipais dos arredores da escola
 

G.E. JUVENAL MILLER ELEGE NOVA DIRETORIA

No dia 17 de abril de 2012, os estudantes do I.E.E. Juvenal Miller elegeram nova diretoria para o Grêmio Estudantil.

Três chapas disputavam inicialmente o pleito. Porém, após muito debate, a unidade estudantil acabou imperando, e as três chapas se uniram para formar chapa "Fórmula em Ação", que lançou Eshelen Vasconcelos para presidente do Grêmio Estudantil, juntamente com os demais mebros da chapa, aclamados por 723 votos favoráveis dos estudantes do Juvenal.

Em virtude de alteração estatutária ocorrida em Assembléia Geral anterior à eleição, a chapa foi eleita para um mandato de dois anos
.
 
Chapa "Fórmula em Ação" eleita para o Grêmio Estudantil Juvenal Miller
 

URES CONSTRÓI GRÊMIO ESTUDANTIL AUGUSTO DUPRAT

No embalo do "Te Liga 16", os estudantes da E.E.E.M. Augusto Duprat, no Bairro Getúlio Vargas, se organizou e montou o seu grêmio estudantil. Apoiados pela URES, os estudantes do Duprat passam a contar com uma representação forte e ativa para defender seus interesses.
 
Na sequência da palestra sobre o voto aos 16 anos, da Campanha "Te Liga 16", os alunos do Duprat realizaram Assembléia Geral dos Estudantes para aprovar os estatutos do grêmio estudantil, e assim o fizeram. Logo após, designaram a URES para ser a Comissão Eleitoral, e aprovaram o calendário eleitoral.

Apenas a chapa "Pensar, Opinar & Produzir" se inscreveu para a disputa da direção do grêmio estudantil. Joice Eslabão foi eleita presidente do grêmio estudantil, juntamente com os demais membros da chapa P.O.P. para o mandato de um ano.

Chapa "Pensar, Opinar & Produzir" passando nas salas de aula do Augusto Duprat para falar da importância do Grêmio Estudantil

URES REALIZA CAMPANHA "TE LIGA 16" NAS ESCOLAS

Durante o mês de abril, a URES percorreu as escolas de Rio Grande para mobilizar a juventude a emitir o titulo eleitoral.

Ao todo, participaram da Campanha "Te Liga 16", as escolas Juvenal Miller, Auguto Duprat, IFRS, Bibiano de Almeida, Carlos Loréa Pinto, Getúlio Vargas e Silva Gama. Idealizada pela UBES desde a decada de 90, quando os estudantes conquistaram o voto facultativo a partir dos 16 anos, a campanha acontece todos os anos eleitorais, e visa despertar a consciência cidadã nos jovens, para que exerçam esse direito tão dificilmente conquistado e tão decisivo para o futuro da cidade e do país.



Ao final da campanha, o número de jovens eleitores entre 16 e 18 anos, em Rio Grande, totalizou 1984 pessoas. Rio Grande é o 10º maior colégio eleitoral do Rio Grande do Sul, com 146.614 votantes.

Estudantes do Bibiano de Almeida que participaram do Te Liga 16


A INDIGESTA CPI DO TRANSPORTE PÚBLICO

*Artigo publicado no Jornal Agora, 15/03/2012

É lamentável o desrespeito com o qual a maioria dos vereadores está tendo com a CPI do Transporte Público na cidade do Rio Grande. Para aqueles que não estão por dentro dos fatos ocorridos, tentarei, de forma concisa, descrever os mais marcantes destaques desde o começo da mesma.

No dia 15 de fevereiro, através da iniciativa do vereador Augusto César, foi instaurada a Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte Coletivo, com o apoio restrito dos vereadores da oposição ao parlamento municipal. Os vereadores que integram a CPI são: Spotorno, Julio Martins (PCdoB), Augusto César, Giovane Morales, Charles Saraiva, Renatinho, Renato Albuquerque e Repolhinho. Com todo respeito que os vereadores merecem, todos nós já sabíamos qual seria o real rumo dos trabalhos apenas olhando essa nominata.

Estudantes protestam na Câmara de Vereadores, contra parlamentares "capachos" da empresa que opera o transporte público de Rio Grande

De lá pra cá foi um verdadeiro show de defesas possíveis e impossíveis da base de sustentação do governo municipal para com as empresas detentoras da licitação do serviço nesta cidade, desde negações de requerimentos, dispensa de funcionários da empresa convidados a “depor”, não aceitação de documentos ditos “rasurados” ou “de fonte duvidosa”, a proibição de postagens em redes sociais sobre temas da CPI aos assessores da casa, entre outras inúmeras peripécias.

Destaco a mais polêmica de todas: a impressionante transição do “vereador” Enoc Guimarães de depoente e procurador contratado pelo Município a investigador desta inacreditável CPI. Os vereadores, que são maioria na Comissão Parlamentar de Inquérito, ainda se acham no direito de se sentirem ofendidos quando nós – população – os chamamos de "capachos" da empresa monopolizadora do serviço público, ou quando deduzimos que o fim lógico disso tudo se dará em nada mais e nada menos que "pizza".


Vereador Júlio Martins ironiza CPI, e serve pizza para a população que se fez presente em uma das reuniões da Comissão

Se assim for, que esta seja tão amarga para eles nas urnas quanto o governo que os mesmos vêm desempenhando é para nós. A nós da União Rio-grandina dos Estudantes Secundaristas foi negado o direito de voz como clientes e público-alvo mais afetado neste desrespeito de superlotação, aumento abusivo da tarifa e falta de organização dos horários do transporte que nos é indispensável, assim como os demais membros da população que o vereador Julio Martins tentou incessantemente levar até os microfones da casa do povo. Se não fosse a perseverança dos vereadores Spotorno, Julio Martins e Augusto César(!), essa reuniãozinha já havia acabado a muito tempo, ou melhor, nem começaria.

O vereador Coronel me surpreendeu, com tamanha hombridade frente aos seus iguais! Mesmo estando em ano de eleições, os vereadores da situação não estão dispostos a se mascararem de bonzinhos jardineiros da cidade. Para eles a reeleição é certa? Este ano, mais do que nunca, eles estão nos dando uma belíssima lição de como agir de cara limpa. Estes são os reais vereadores que colocamos lá. Vereadores que nem se preocupam em mostrar interesse em questões essenciais para os rio-grandinos. Debocham e ironizam a capacidade que este povo tem em “esquecer” os atos e maus tratos sofridos. Acorda Rio Grande! O que mais esperar destes que nos viram as costas? Eles estão implorando que nós tomemos consciência e façamos o mais correto nas urnas. É tão claro como um dia ensolarado. Aqueles que se voltam contra o povo, não merecem representá-los.

Chendler Siqueira - Diretor de Comunicação da URES      

TODOS CONTRA O AUMENTO! URES NA LINHA DE FRENTE CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM

*Publicado no Jornal Agora, de 05/01/2012
 
Após solicitação do Consórcio Rio Grande, formado pelas empresas Noiva do Mar e Cotista para aumentar o valor das tarifas de ônibus na cidade, o Conselho Consultivo de Transportes e Trânsito do Rio Grande sugeriu um possível aumento de R$ 0,30 no valor das passagens do transporte coletivo. Assim, a passagem que custa R$ 2,35 passaria a valer R$ 2,65. O Executivo ainda não decidiu sobre o aumento, no entanto, dezenas de estudantes realizaram protesto no fim da tarde de ontem, junto à estação de transbordo da Junção, na ERS-734.
 
 
 
Durante a manifestação, que se iniciou por volta das 17h30min, os estudantes, com faixas e bandeiras, posicionaram-se sobre a faixa de segurança que liga uma estação de integração à outra, paralisando o trânsito de veículos no local nos dois sentidos da estrada. O protesto gerou transtorno entre os motoristas que trafegavam no trecho. Um motorista invadiu a faixa de segurança causando indignação entre os manifestantes, que chegaram a chutar o carro. Perto das 18h, uma viatura da Brigada Militar chegou ao local, acabando com a manifestação.
 
"O conselho anunciou aumento de R$ 0,30. Quando implantaram o sistema de integração tarifária em Rio Grande (em 17 de julho de 2010), a promessa do secretário do Trânsito era de que o valor das passagens não subiria mais, e este já é o segundo aumento. Não tem fundamento este aumento, o valor do diesel não aumentou, a qualidade do serviço também não vai melhorar, o prefeito faz tudo em função da empresa, nada em função do cidadão", argumentou o presidente da União Rio-grandina dos Estudantes Secundaristas (URES), Felipe Belasquem.
 
 
 
O coordenador político do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Furg, Cristiano Benitez, contou que cansou de entrar em contato com a Secretaria Municipal da Segurança, dos Transportes e do Trânsito (SMSTT) e também buscou alternativas com os vereadores, mas não teve retorno. Segundo ele, os estudantes são "eternas vítimas" do transporte público em Rio Grande, porque precisam dos ônibus para chegar à faculdade. O aumento no valor das passagens, para ele, não tem nenhum sentido além de favorecer às empresas concessionárias.

URES NO 39ª CONGRESSO DA UBES

Entre os dias 1 e 4 de dezembro de 2011, estudantes secundaristas de todo o Brasil reuniram-se em São Paulo para debater os rumos da educação brasileira, no 39º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.

Rio Grande enviou 7 delegados ao ConUBES. Ao todo, mais de 3000 estudantes se fizeram presentes no ConUBES. Após 3 dias de intensos debates, foram aprovadas as resoluções que nortearão a UBES nos próximos dois anos.

A pernambucana Manuela Braga foi eleita presidenta da UBES, também para o período de dois anos.

Leia abaixo as resoluções aprovadas no 39º ConUBES

Plenária Final do 39º ConUBES


RESOLUÇÕES 39ª CONGRESSO DA UBES

CONJUNTURA
 
O mundo vive um momento agudo de crise, cujo primeiro auge foi em 2009. No centro estão os chamados “países do primeiro mundo”, pois além de persistir nos EUA, a crise agora castiga duramente a Europa, sendo o desemprego e o aumento da exploração sobre os trabalhadores algumas das consequências. Em Wall Street e na Europa, o descontentamento gera revoltas sociais. Ainda assim, a lógica de funcionamento da economia mundial com base na renda sobre aplicações financeiras – e não na produção industrial –, permanece no comando.

Os países que mais se mobilizam são justamente os mais atingidos pelo desemprego. Problemas sociais, econômicos e políticos também geraram mobilizações em diversos países do Oriente Médio, onde a juventude foi protagonista em mobilizações em que a pauta é para que o povo assuma a condução do país. Movimentos de todo o mundo se solidarizam em defesa dessas mobilizações e contra o imperialismo, para que os países possam definir seus rumos livres da danosa intervenção dos Estados Unidos.

Também na América Latina os movimentos aumentam a mobilização, com destaque para os estudantes chilenos, que mobilizaram todo o país, unindo-se aos trabalhadores na defesa da universalização da educação pública e de qualidade como elemento essencial ao desenvolvimento do país. O movimento estudantil brasileiro enviou representantes para participar de mobilizações e contou com a solidariedade dos chilenos às manifestações daqui.

Mas a hegemonia política dos EUA enfraquece, pois a “receita” neoliberal de desenvolvimento (privatizações, retirada do Estado da economia, combate à inflação via altas taxas de juros e câmbio flutuante) foi imposta pelos quatro cantos do mundo e provocou a presente crise. À medida que perdem força política, os EUA reafirmam seu poder militar com guerras.
 
A intensidade da crise já leva especialistas a duvidarem da receita neoliberal de combater a crise com cortes nos gastos públicos. Pelo contrário, a crise deve ser combatida com investimentos para estimular o desenvolvimento e o emprego. Para os trabalhadores e a juventude, as conclusões destes especialistas não são novidade, pois sempre sentiram na pele os efeitos dessas políticas para “salvar” as nações.
 
Embora também sofra os efeitos da crise, países como Índia, Rússia, África do Sul, China e Brasil enfrentam-na com resultados favoráveis ao crescimento econômico. Na América Latina, mantém-se e até se amplia o leque de países governados por forças progressistas. No atual contexto, em que as grandes potências tentam impor que os demais países paguem a conta da crise, a resposta deve ser ousadia política e independência de nações como o Brasil. A pauta que deve reger o país é a do desenvolvimento.

O desenvolvimento é um assunto nacional e envolve a todos. Nesse sentido, é preciso fortalecer as mobilizações dos movimentos sociais, entre as quais se destacam a manifestação dos 80 mil trabalhadores feita pelas centrais sindicais em São Paulo; a Marcha das Margaridas com cerca de 70 mil camponesas em Brasília, e a jornada de lutas dos estudantes em agosto.

O acontecimento mais promissor deste ano foi em 31 de agosto: a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir de 12,5% para 12% a taxa básica de juros, a Selic, medida que visa manter o crescimento do país. Tal fato ocorreu justamente durante a grande passeata do Agosto Verde e Amarelo da UBES, UNE e ANPG em Brasília, com a participação da líder estudantil chilena Camila Vallejo, que se somou às diversas mobilizações realizadas pelos mais variados movimentos sociais nas últimas décadas. A presidenta Dilma Rousseff disse ter o objetivo de, até 2014, livrar o país da condição de campeão mundial dos juros altos, o que responde à pauta de desenvolvimento levantada pelos movimentos.

As mobilizações que tomaram as capitais do país a cada reunião do COPOM simbolizam a vitória da pressão popular. Apesar disso o Brasil se mantém com a mais alta taxa de juros reais do mundo: 2,5 vezes a segunda mais alta taxa, a da Hungria, e muito acima da média internacional, hoje em 1% negativo. Cada 1% de redução da taxa de juros significam recursos suficientes para até 2014, dobrar as vagas do PROUNI, os laboratórios, bibliotecas e quadras poliesportivas, e radicalizar a expansão do Ensino Técnico e das Universidades Federais. Por isso conclamamos todos os estudantes e o povo brasileiro para garantir a drástica redução dos juros, Vamos Ocupar o Banco Central!

A manutenção de juros altos e de outros aspectos da política econômica levam a perda de competitividade industrial e, pior, um processo de desindustrialização do país, levando o Brasil a se consolidar como exportador soja e importador de chips para computadores. É urgente, o país precisa de desenvolvimento industrial e tecnológico. Além disso, o governo federal precisa dar passos ainda mais decisivos em termos de investimento em infra-estrutura e incentivo à produção, pois economistas e movimentos alertam que o país vive um processo de desindustrialização, que pode significar uma diminuição do crescimento e até mesmo um grande atraso na economia do país e, como conseqüência, na condição de vida dos brasileiros e brasileiras.

Outro entrave ao desenvolvimento democrático do país é a desregulamentação da mídia, que no Brasil merece o apelido de PIG – Partido da Imprensa Golpista. A mídia é um dos poucos setores de poder que, após o fim da Ditadura Militar, continuam intocados. Todos os chamados países desenvolvidos possuem regras claras de regulação da atividade dos meios de comunicação; na América Latina, governos progressistas investem no fortalecimento da comunicação pública, iniciam a regulação das mídias e fortalecem a comunicação popular. O odioso monopólio da mídia no Brasil precisa ser derrotado, afinal, o debate sobre a democracia e os rumos do país passam pelo direito humano à comunicação, sendo, ainda, o Plano Nacional de Banda Larga uma demanda da juventude brasileira. 

Vivemos um momento único de possibilidades: o Brasil vai sediar a próxima Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016; o investimento da Petrobrás em pesquisa fez com que o Brasil, líder mundial em tecnologia de prospecção de petróleo em alto-mar, tenha descoberto uma riquíssima reserva de petróleo na camada pré-sal, fonte energética muito valiosa. Além disso, o país se destaca em fóruns internacionais, como referência em combate à pobreza e liderando articulações entre países em desenvolvimento, favorecendo construção de uma ordem mundial multipolar. 

Tantas possibilidades devem se concretizar em vitórias concretas para o povo. Para tanto, tais recursos devem ser investidos no desenvolvimento do Brasil, por meio do investimento em educação, ciência, tecnologia e inovação, infra-estrutura, fomento à produção industrial, geração de empregos, saúde, combate à pobreza, cultura, defesa nacional e outros setores estratégicos ao desenvolvimento soberano e democrático do Brasil.  

Esta é a pauta que deve debatida com os estudantes em todo o país, gerando mobilizações em torno dos direitos fundamentais que garantirão a realização do Brasil das possibilidades e alimentarão a perspectiva de construção de um país justo, soberano e desenvolvido por gerações. Esta luta começa agora e em março a UBES tomará as ruas de todo o país em defesa do Brasil e da democracia!
 
Bancada gaúcha concentrada para a última plenária do ConUBES
 
MOVIMENTO ESTUDANTIL
A UBES é a maior e uma das mais representativas entidades do movimento social do país. Esteve presente nas principais lutas do povo brasileiro das últimas décadas com as mãos dos estudantes secundaristas erguendo as bandeiras de um Brasil democrático, socialmente e racialmente desenvolvido, e includente em suas diversidades.
 
Nos últimos dois anos, o que não faltou foi luta! As jornadas de lutas dos estudantes brasileiros tomaram as ruas de todo país em defesa de mais investimentos para a educação e pelo desenvolvimento do Brasil. Os estudantes hoje entoam palavras de ordem em defesa da destinação de 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação! É assim que chegamos a este grande Congresso: com uma UBES com grande capacidade de formulação e de realização. 
 
A UBES é a única entidade que representa todos os estudantes secundaristas brasileiros. Sua unidade política é um de seus maiores patrimônios. Seguimos tendo responsabilidade com o momento em que vivemos e com a consciência de que ainda há muito o que se contribuir para que o Brasil avance em no rumo das mudanças . Nos últimos anos, a UBES pautou importantes questões que contribuiram para melhorias no país, sempre em consonância com os movimentos sociais e mantendo uma postura de independência em relação a governos, com diálogo fraterno em torno das mudanças positivas e com postura firme em relaçao a possiveis retrocessos.
 
 Temos o desafio de democratizar a UBES, estando presente em todas as escolas do Brasil 

 
Nesta gestão, encarando o desafio permanente de fortalecer o movimento na base, diversificou-se os espaços de debates e se aproximou ainda mais da base do movimento estudantil. Foi assim que organizou o Seminário de Educação, que sabatinou o Ministro da Educação Fernando Haddad, o Encontro de Grêmios da UBES, o Encontro de Estudantes de Escolas Técnicas e o 1º Encontro de Mulheres ds UBES. Estes espaços precisam ser cada vez mais valorizados e fortalecidos, visando a construção de uma UBES de massas, em consonância com os sonhos da juventude. 
 
Neste ano, comprovamos mais uma vez que o novo modelo de construção de seu Congresso possibilitou mais transparência, democracia e participação estudantil, com eleições em urna que permitiram que a UBES chegasse com grande força nos centros políticos do movimento estudantil secundarista. Mas para ampliar ainda mais o seu alcance, queremos que o Congresso da UBES possa se aprimorar, democratizando cada vez mais a nossa entidade, estando presente, de forma ativa e combativa em todas as escolas do Brasil! 
 
Portanto, para discutir estas e outras questões, a diretoria executiva da UBES (gestão 2011-2013) deverá possuir da capacidade de convocar um Conselho Nacional de Entidades Gerais estatuinte no próximo período.
 
O histórico direito à meia-entrada estudantil em atividades culturais e esportivas agoniza por conta da nefasta MP 2208, publicada em 2001, que desregulamentou tal direito e permitiu a multiplicação das fraudes. Por consequência, dobraram os valores dos ingressos em todo o país – em 2001, o ingresso no cinema valia US$ 2,45 e, em 2009, alcançou US$ 4,94. O que antes era meia-entrada para estudantes agora é universalização, com preços exorbitantes.
 
A carteira de estudante é o pilar de sustentação e independência do movimento estudantil brasileiro. Com ela, as entidades estudantis reuniram condições de ter suas sedes, seus pontos de encontro, realizar suas atividades, etc. Com ela, os estudantes são organizados e fortes. Por isso apoiamos a edição de nova legislação em tramitação no Congresso Nacional, desde que esta restabeleça o direito das legítimas representações do movimento estudantil brasileiro – UNE, UBES, ANPG, entidades estaduais, DCEs, APGs e entidades municipais, de serem as responsáveis pelo processo de emissão da carteira do estudante. 
 
É preciso, ainda, garantir a democratização do acesso às escolas, assegurando Políticas de Passe Estudantil eficientes em todas as regiões do Brasil. Tal debate deve ser realizado nas escolas de todo o país, no sentido de garantir a conscientização e efetiva participação dos estudantes nesta luta, que é de extrema importância na garantia de direitos, e no combate à evasão escolar, sendo assim, de interesse de toda a sociedade.

 
Por fim, toda essa capacidade de transformação dos estudantes secundaristas não terá sentido sem que continuemos a tomar o espaço que por excelência nos pertence: as salas de aulas, os corredores, os pátios, as praças e as ruas! Só com muita luta e mobilização conquistaremos a escola do novo Brasil que desejamos.  

 
É assim que desde já convocamos todos os estudantes brasileiros a tomarem as ruas mais uma vez no próximo mês de Março em defesa de uma educação à serviço do Brasil! Antes disso, já nos próximos dias ocuparemos Brasília em defesa da Meia-entrada estudantil, do Estatuto da Juventude e do Plano Nacional de Educação. Com o movimento estudantil de massas, combativo, criativo e ousado, construímos todos os dias a entidade máxima dos estudantes secundaristas: uma UBES do tamanho do Brasil! 

 
Todos ao #OCUPEBRASÍLIA!
 
 
Todos os estados estiveram representados no 39º ConUBES
 
 
EDUCAÇÃO 
Nos últimos anos, o Brasil iniciou um importante processo de mudanças de cunho democrático que nos posicionou de maneira mais altiva no cenário internacional, propiciou desenvolvimento em diversas áreas estratégicas, gerou milhões de novos empregos e permitiu o avanço de políticas sociais em diversas áreas. A escola brasileira, entretanto, muito pouco mudou, não se diferenciando em quase nada daquela de dez anos atrás.

 
No ensino básico, a crescente expansão da oferta de vagas na escola pública infelizmente não foi acompanhada das condições necessárias para garantir a qualidade do ensino. Ainda são altos os índices de distorção idade/série e a inclusão digital e o salário dos professores brasileiros ainda é baixíssimo. Mesmo após a aprovação do Piso Salarial Nacional dos Professores, muitos estados fecham os olhos para a valorização destes profissionais, inclusive com o não cumprimento do piso estabelecido.
 
Do Ensino Infantil ao Ensino Médio, a escola carece de mudanças urgentes. Este último, em especial, não cumpre hoje o papel que deveria: não garante o ingresso dos estudantes na universidade, não prepara para o mercado de trabalho e não contribui para o acúmulo de conhecimento necessário à formação de cidadãos. Essa grande debilidade do Ensino Médio é conseqüência da ausência de qualidade da escola pública brasileira. Mudar esta estrutura é o nosso grande desafio. 
 
O Ensino Médio precisa dialogar com o mundo do trabalho, seja através de conteúdos teóricos que discutam a vocação econômica da região ou através de disciplinas práticas que ensinem uma profissão ao estudante já nesta fase de sua formação, sem prejuízo da continuidade dos seus estudos quando finalizados o ensino médio. Outra medida que se apresenta necessária para modificar esta realidade é a flexibilização dos currículos, uma vez que permite a formação de um conteúdo mínimo nacional, com garantia de matérias voltadas às demandas regionais. Porém, para que ele cumpra o seu papel, é fundamental sua discussão em Congressos Escolares. É preciso também enxergar na escola um espaço para formação cultural, esportiva, científica que seja prazeroso para a juventude e garantir a instalação e utilização de seus equipamentos públicos, como bibliotecas e laboratórios de informática, por exemplo.  
 
Outro problema crônico é a questão da violência escolar. O que se observa é que ela é mais acentuada nos bairros onde a violência, de modo geral, é mais grave, o que mostra que a escola absorve os problemas da região em que está localizada. Logo, ela existe em razão da ausência do Estado, que deve se materializar na instituição através da valorização dos professores e diretores, na infra-estrutura e em mais investimentos. Além de educação, a escola deve oferecer perspectiva à juventude. Para tanto, somente conseguiremos mudar a concepção da escola brasileira com mais verbas que lhe tragam mais qualidade. Reduzir os juros para garantir investimentos é fundamental! 
 
A garantia da qualidade da educação também só será possível com a unidade entre professores e alunos. Neste caso, o professor é nosso aliado. Defendemos a valorização dos profissionais de educação, com salário digno e formação continuada. O professor é meu amigo – mexeu com ele, mexeu comigo! 

 
Soma-se aos grandes desafios da educação brasileira a ampliação do ensino técnico. O Brasil vem se desenvolvendo e gerando novas oportunidades de emprego para os quais nossos trabalhadores e trabalhadoras precisam se capacitar, evitando assim, o perigo daquilo que vem sendo chamado de “apagão de mão de obra”. Portanto, ampliar o ensino técnico de qualidade é estratégico para o desenvolvimento nacional. Reforçamos o coro pela aprovação da emenda que a UBES apresentou ao Plano Nacional de Educação que exige a criação de três milhões de vagas públicas no ensino técnico brasileiro. Estas vagas deverão ser criadas nos Institutos Federais de Educação e na rede de escolas técnicas estaduais. Para o Brasil avançar, defendemos que 30% dos jovens em idade de Ensino Médio estejam cursando o ensino técnico integrado ao propedêutico.
 
Novidade neste debate é a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (PRONATEC). A UBES historicamente defendeu o Ensino Médio integrado ao técnico profissionalizante, o fortalecimento da relação entre educação e o mundo do trabalho, ampliação radical das vagas no ensino técnico e utilização da rede do sistema S para dar resposta aos interesses nacionais. Assim, o PRONATEC é uma importante medida para dar resposta imediata a algumas bandeiras históricas do movimento estudantil.  
 
Entretanto, para que o PRONATEC contribua, de fato, para o desenvolvimento do Brasil, defendemos a participação da UBES em seu Conselho Gestor, que deve ser reformulado deforma democrática para a garantia de maior participação da sociedade civil. É necessário também, que o programa não caia no mesmo erro das ETEC’s paulistas, que faz falsa propaganda de ensino técnico de qualidade, quando na verdade oferece em sua maior parte cursos profissionalizantes que não se relacionam com as necessidades regionais. O PRONATEC precisa concentrar seus esforços na oferta de ensino técnico público e deve garantir que seu volume de verbas não gere redução de investimento na escola tradicional de ensino médio, pelo contrário: exigimos o aumento de verbas investidas nestas escolas.
 
Por fim, uma das grandes contribuições que a UBES dará a nossa geração é a aprovação de um Plano Nacional de Educação que se relacione com os grandes desafios apresentados para o povo brasileiro. A UBES contribuiu decisivamente em todas as fases de elaboração do PNE e, neste momento, deve exigir sua imediata aprovação. Na jornada de lutas de Março deste ano, apresentou, em conjunto com a UNE, mais de 60 emendas ao projeto enviado pelo Ministério da Educação ao Congresso Nacional. Dentre estas emendas, inclui-se a destinação de 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação. Nas ruas de todo o Brasil, erguemos nos últimos anos a bandeira do financiamento e das ruas não sairemos até conquistá-la: nas ruas de Março fecharemos novamente os principais quarteirões de norte a sul do país em defesa de mais investimento e da construção de uma nova escola para um novo Brasil!
 

URES participou de vários grupos de discussão do 39º ConUBES

URES NO 56º CONGRESSO DA UGES

No dia 19 de novembro de 2011, aconteceu em Canoas o 56º Congresso da União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas. A URES enviou uma delegação composta por 20 estudantes de várias escolas de Rio Grande. O portoalegrende Nelso Almeida Júnior foi eleito presidente da entidade para os próximos dois anos. Confira as resoluções aprovadas pela UGES




RESOLUÇÕES DO 56º CONGRESSO DA UGES:

Os estudantes do Rio Grande do Sul, reunidos no 56º Congresso Estadual de Estudantes aprovam e adotam as seguintes Resoluções:


 Ocupar as Ruas por Mais Educação e Menos Juros!

Entre os dias 1 a 4 de dezembro acontecerá em São Paulo o Congresso da UBES, onde milhares de delegados aprovarão as bandeiras que serão defendidas pelos estudantes brasileiros nos próximos anos.
 
Acreditamos que o nosso país e o mundo vivem momentos decisivos, que exigem da UBES mobilização e unidade para construir a educação que precisamos. Afinal, há pouco mais de dois anos uma crise de proporções colossais fez desmoronarem bancos, empresas e bolsas de negócios, deixando em escombros a economia americana, e se alastrando para a União Européia e Japão.
 
Somente nos EUA mais de 8 milhões de pessoas perderam seus empregos, mais de uma centena de bancos quebraram e milhares de empresas tomaram o mesmo caminho. O modelo de privatizações, estado fraco, direitos flexibilizados e, principalmente, obediência servil as ordens e desejos dos monopólios encontrou a crise que ele próprio cultivou.
 
O Brasil deve transformar essa crise em combustível para acelerar o seu crescimento, rompendo as amarras da dependência e exploração que ainda travam a nossa economia. O primeiro passo para isso é acabar com o desvio de centenas de bilhões de reais do orçamento do governo para os bancos, diminuindo imediatamente as taxas de juros de nosso pais, que são as mais altas do mundo.
 
Também é necessário aumentar o investimento em educação, a luta por 10% do PIB e 50% do fundo social do pré-sal para a educação é fundamental para formar uma geração capaz de ajudar nosso pais a produzir aqui tudo que necessitamos. O governo do presidente Lula deu os primeiros passos nesse sentido, ao dobrar as vagas das universidades federais, e oferecer mais de 1 milhão de bolsas do Prouni, além de retomar o ensino técnico através da rede dos IFET´s, que chegarão a 600 mil vagas até 2014.
 
Além disso, democratizamos o acesso a essas novas vagas universitárias através das reservas de vagas. E o vestibular, feito sob medida para os estudantes dos colégios privados, vem aos poucos sendo substituído pelo ENEM. Infelizmente, nas escolas brasileiras a equação tucana de aulas vagas, prédios caindo aos pedaços e professores mal pagos, somado a progressão continuada, gerou um resultado que colocou em risco o futuro de toda uma geração de jovens brasileiros. A política de FHC, Serra e de Yeda foi o maior ataque da história a educação brasileira. Quem de fato buscar o mérito no ensino deve lutar para que ela jamais se repita.
 
Nossa mobilização nas ruas conquistará a escola que queremos e que o nosso país precisa para se desenvolver. E o congresso da UBES servira para unificar as vozes dos estudantes em todo o Brasil.

Unir o Rio Grande em Defesa da Escola Pública de Qualidade!
 
Resistimos a destruição da nossa escola, e o projeto que tratava a educação como um gasto e um fardo pesado a ser carregado pela população foi derrotado, o Rio Grande elegeu um governo progressista que tem em seu programa compromissos definidos para alcançar uma educação de qualidade, mas apesar da vitória, o saldo da política de sucateamento foi uma escola pública sem laboratórios de ciências (50,8%), de informática (28%), sem bibliotecas (9,5%), nem quadras de esporte(29%), a quase extinção da EJA e dos serviços de supervisão e orientação escolar e a crônica falta de professores.
 
A política de destruição da escola pública, que se iniciou em 94 com a eleição de FHC á Presidência da República, governadores tucanos em estados centrais e que no RS teve seu ápice durante o Governo Yeda, se sustenta em três pontos: desvalorização dos professores, congelamento do investimento na estrutura das escolas e diminuição da qualidade do ensino. 
 
Uma das faces mais marcantes e covardes da destruição da escola pública é a desvalorização dos professores, com salários baixos e a precarização das condições de trabalho pela substituição dos professores efetivos por temporários, que não tem direito a férias remuneradas, plano de carreira, incorporação de gratificação nem estabilidade. Tudo isso fragiliza ainda mais a qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas, precisamos enfrentar essa situação com concurso público, formação continuada e a criação de condições para que o estado pague o Piso Nacional dos Professores e recupere seus salários a um patamar compatível com suas responsabilidades com o país.
 
O Governo estadual vem dando sinais importantes da sua disposição de investir na recuperação do ensino, mas eles são ainda insuficientes, cobramos do Governo Estadual uma proposta e um cronograma concreto para cumprimento do piso, porém consideramos que este debate não está encerrado e o caminho adotado pelos professores está equivocado, é preciso combater o sectarismo e a falta de diálogo presentes no processo conduzido por um segmento dos professores e construir uma ampla e massiva jornada de mobilização, agregando estudantes, professores e o conjunto dos movimentos sociais pela valorização da educação e a garantia do piso nacional, uma greve a apenas 25 dias do fim do ano letivo é inoportuna e desconsidera o enorme prejuízo que trará aos 1,2 milhão de estudantes, que se preparavam para os exames finais e agora terão que se preocupar com a difícil recuperação dos conteúdos perdidos, em especial os estudantes do 3º Ano do Ensino Médio, já em dificuldade na disputa do vestibular.
 
É impossível construir uma educação de qualidade em escolas sem biblioteca, laboratórios, com falta de professores e funcionários. Precisamos voltar a investir na estrutura escolar, não podemos aceitar as escolas de latas, bibliotecas que viraram depósitos, banheiros inutilizáveis e paredes mofadas sejam algo natural, o Rio Grande do Sul deve aumentar exponencialmente os investimentos na estrutura das nossas escolas, pelo orçamento aprovado por Yeda para o ano de 2011, está previsto que o RS irá gastar 18 vezes mais em pagamentos da Dívida com a União do que com investimentos em educação. São necessárias 242 novas bibliotecas, 718 novos laboratórios de informática, 1298 laboratórios de ciências, 752 quadras de esporte, além de prover os existentes com as condições de funcionamento adequadas, equipamentos, e qualificação dos professores para utilizar essas estruturas em toda sua capacidade.
 
Todos esses problemas são ainda mais agravados por um Ensino Médio em crise de identidade, pauta há muito denunciada pelos estudantes, o EM atual, não prepara para o vestibular, nem para a universidade, nem para o mundo do trabalho, muito menos para o exercício da cidadania, e institucionaliza um quadro em que 84 mil jovens estão fora da escola, e outros milhares ano a ano abandonam os bancos escolares. O debate que a Secretaria Estadual de Educação trás de reforma do Ensino Médio é oportuno, precisamos reconhecer estes problemas e avançar para sua solução, e a nós estudantes caberá na discussão e implantação da reforma, apontar e pressionar para a correção de seus erros, adequando-a as necessidades do povo gaúcho. Porém a criação de vagas de ensino médio integrado ao ensino técnico precisa avançar muito mais, a proposta do governo contempla a expansão das atuais 30 mil vagas em apenas 50%, chegando a 45 mil vagas, para o RS que queremos construir, inserindo o jovem no processo de desenvolvimento são necessárias pelo menos 175 mil vagas, integrando 50% de todo o ensino médio ao ensino técnico, em cursos que representem as necessidades regionais, discutidos com a comunidade escolar, COREDEs, CDES, corrigindo as distorções existentes como, por exemplo, o curso de contabilidade somar quase metade de todas as matrículas da educação profissional.
 
Uma das principais medidas para liberar recursos para a educação é a rediscussão da divida dos Estados, desde 1998 quando o estado assinou a renegociação da divida com o governo federal parte muito significativa da riqueza do povo gaúcho vem sendo de forma compulsória sugada para os cofres do governo federal. Hoje 13% da receita do estado é comprometida com o pagamento da divida e de juros, isso significa 2,7 bilhões de reais anuais, apesar destes pagamentos a divida em 1998 era de 19 bilhões e hoje é de 37 bilhões, por tanto uma divida que já foi paga. É preciso uma ampla mobilização do Rio Grande do Sul no sentido de renegociar os parâmetros da divida e desta forma liberar recursos para investivementos nas áreas mais necessitadas, como a educação, menos juros, mais educação.
 
Enem: Democratização do Ensino Superior
 
O Ensino Superior durante muito tempo foi um objetivo inalcançável para boa parte dos jovens brasileiros, mas essa realidade viveu nos últimos anos uma grande mudança, milhões de jovens tiveram a oportunidade de ingressar na faculdade, seja através do PROUNI, do novo Financiamento Estudantil (FIES), da expansão das Universidades Federais ou dos cursos superiores dos IFETs.
 
Desde 2009, o caminho para concretizar esse objetivo, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) foi reformulado, se tornando uma prova de dois dias, dividida nas quatro áreas do conhecimento, Ciências da Natureza, Humanas, Matemática, Linguagens e suas respectivas tecnologias, mudando o modelo baseado na decoreba, e em macetes do vestibular tradicional, para uma prova que avalia de maneira mais completa a capacidade e as competências dos estudantes, interligada com a realidade social e as experiências de cada um, e que conta inclusive com o sistema Teoria de Resposta ao Item (TRI) que analisa o padrão das respostas e sua coerência, de acordo com a dificuldade de cada questão, fazendo que provas diferentes possam ser comparadas e mantendo o mesmo nível de dificuldade para todas, podendo assim realizar várias edições durante o ano, e em datas específicas para cada região do país.
 
O Exame que já era utilizado como critério para as bolsas do PROUNI, passou também a ser usado para selecionar os beneficiários do FIES(que foi desburocratizado e passou a ter taxas de juros menores), e sendo parte do processo de acesso a 167 faculdades públicas, substituindo o vestibular em 30 das 54 universidades federais em 2012 através do SISU(Sistema de Seleção Unificada).
 
O ENEM significa uma mudança no modelo de acesso, democratizando a Universidade, mas tem sido ano à ano alvo de problemas na sua aplicação, que geram desconfianças e abalam a credibilidade do exame, cabe separar o mérito do ENEM e seu significado, dos erros em sua execução - amplificados pela indústria dos cursinhos.
 
Porém esse quadro, que se repete anualmente, precisa ser solucionado, o ENEM continua a ser terceirizado, delegando a responsabilidade de realizar um exame com 5 milhões e 367 mil inscritos, feito em todo país no mesmo final de semana e uma só vez por ano para empresas e fundações privadas. O Estado Brasileiro precisa qualificar a execução do ENEM, assumindo a responsabilidade de sua aplicação, o melhor caminho para fazê-lo é a criação de um Instituto estatal, preferencialmente vinculado ao MEC, que tenha como função exclusiva o ENEM, aplicando a prova várias vezes ao ano, o que além de diluir o contingente de estudantes realizando a prova simultaneamente, aumentará as oportunidades de fazê-la, diminuindo a tensão dos alunos.
 
A defesa intransigente da conquista simbolizada pelo ENEM é um compromisso do conjunto dos estudantes, mas também nos cabe apontar os caminhos para a superação de seus problemas e a sua consolidação.
 
 
Meia Entrada Nacional Já!
A meia-entrada é um direito dos estudantes conquistado com muita luta. Desde sua reconquista em 1993 a meia-entrada nunca esteve tão desgastada. Com a criação da Medida Provisória 2208 de 2001, que instituiu a proliferação de quaisquer identificações estudantis como válidas nas bilheterias, dizendo que qualquer um pode emitir uma carteira estudantil, multiplicaram-se as fraudes e dobraram os valores de ingressos. Esta lógica prejudica os estudantes que tem no benefício sua oportunidade de acesso a cultura, esporte e lazer. Também prejudica artistas e produtores culturais, músicos, clubes de esportes, que vêem crescer em suas planilhas os ingressos de meia-entrada vendidos apesar de constatar que os compradores não são estudantes.
 
Há três anos tramita no Congresso Nacional projeto que devolve aos estudantes o direito real à meia-entrada. Agora na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 4571/2008 visa revogar o entulho da MP 2208/2001, e conceder às entidades estudantis UBES, UNE, ANPG, DCE´s, entidades estaduais e entidades municipais, a exclusividade da emissão da Carteirinha de Estudante, através de layout único da Casa da Moeda do Brasil. O projeto de lei conta com o apoio de entidades empresariais e profissionais dos segmentos artísticos e esportivos interessados, pois organiza e dimensiona a quantidade de ingressos vendidos, podendo haver previsão e o rebaixamento de preços.
 
No Rio Grande do Sul conquistamos a Lei Estadual de meia-entrada em 2008, mas ainda precisamos ampliar o direito como, por exemplo, conquistando a meia-entrada nos finais de semana, pois também é o tempo livre que temos para ter o acesso a cultura e atividades esportivas. 
 
A carteira de estudante é o pilar de sustentação e independência do movimento estudantil brasileiro. Com ela, as entidades estudantis não necessitam ficar à míngua pedindo esmolas a um ou outro, permitindo os estudantes pensarem com sua própria cabeça e andar com as próprias pernas. Com ela, os estudantes reuniram condições de ter suas sedes, seus pontos de encontro, realizar suas atividades em uma escala cada vez maior, imprimir seus manifestos, organizar suas mobilizações e lutar pelos seus direitos. Com ela, os estudantes são organizados, são fortes e é isso que queremos.
 
Todo apoio ao PL 4571/2008 com a emissão da UBES, Uniões Estaduais e Uniões Municipais.