*Publicado no Jornal Agora, 16/09/2011
A Comissão "Ditadura Nunca Mais", formada por representantes de movimentos sindical, estudantil e popular, reuniu-se na última quarta-feira, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande, e depois seguiu até a Prefeitura e à Câmara Municipal. Na Prefeitura, a ideia era entregar ao prefeito Fábio Branco um exemplar do livro "A Ditadura Escancarada". Como o prefeito disse que não poderia receber a comissão porque estava com a agenda lotada, o grupo foi atendido pelo secretário-geral de Governo, Charles Saraiva, ao qual foi entregue a obra para que ele repassasse a Fábio Branco.
Maria de Lourdes Lose e Suzane Barros, integrantes da comissão, relataram que o livro é uma contribuição para que o prefeito faça uma reflexão sobre o que foi o período da ditadura, principalmente para Rio Grande, "uma cidade operária onde muita gente foi morta e outras desapareceram". A ação se deve ao projeto da Prefeitura de fazer um monumento alusivo ao centenário do nascimento do general Golbery do Couto e Silva na Praça Tamandaré. O grupo é contrário a essa homenagem por entender que Golbery foi um dos intelectuais do regime. "Gostaríamos que ele refletisse sobre mais essa homenagem a um ditador", salientou o grupo. A esperança da comissão é que o prefeito Fábio Branco reveja a sua posição.
Grupo é contrário a essa homenagem por entender que Golbery foi um dos intelectuais do regime militar |
Na Câmara dos Vereadores, foi entregue um exemplar do livro "A Ditadura Derrotada". Tendo em vista que o presidente do Legislativo, Paulo Renato Mattos Gomes, não estava na Casa, a obra foi entregue ao vereador Júlio Martins, depois, Martins entregou ao vereador Thiago Gonçalves, que estava na Presidência da Câmara Municipal.
A Comissão "Ditadura Nunca Mais", foi formada em um encontro realizado no dia 9 deste mês por representantes de sindicatos dos setores públicos e privados do Rio Grande, do movimento estudantil secundarista, centrais sindicais, partidos políticos e do mandato do deputado Alexandre Lindenmeyer, mais militantes sociais, que são contra a homenagem ao rio-grandino Golbery do Couto e Silva. O grupo tem outras ações previstas para este mês.
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